sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Cipriano Cassamá disse que a tomada de posição da Mesa é regimental

O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) manifestou desapontado e classificou a polémica que tem sido gerado nos últimos dias, de não abonatória para o país, na medida em que na comunicação existe sempre possibilidade de perguntas. Cipriano Cassamá falava no âmbito de abertura da sessão parlamentar que se seguiu a quadra festiva e que a espectativas da nova data de apresentação do Programa do Governo ainda está a suscitar receio. 

O assunto provocou muitas interpretações, que segundo o presidente da ANP não abona para a busca duma solução desejável.
O presidente da ANP disse que no gozo dos seus direitos, existem margens de discricionariedades que são zonas do seu conforto e ainda do seu uso exclusivo e responsável.  

Desta feita, o presidente sublinhou que, na tomada de decisões baseadas nestes preceitos ele é soberano e não carece de autorização de nenhum deputado, para tomar qualquer decisão que entender mais adequada, como aliás tem vindo a sempre fazer.

 A título de exemplo apontou a abertura, suspensão e encerramento das sessões, que são da sua competência enquanto presidente, no âmbito da sua competência na condução dos trabalhos da Sessão.

Por outro lado, Cassamá assegurou que nos últimos dias gerou-se uma polémica, que classificou de nada abonável, na medida em que na comunicação há sempre possibilidade de perguntarem para serem mais esclarecidos, quando não percebem uma determinada notícia.

A este propósito defendeu que usará sempre as suas as prerrogativas regimentais e nunca  deixar-se-á ser conduzido pela notícia errada para cometer um erro. “ Como disse nos últimos dias pairou na sociedade guineense a notícia de que na nossa sessão, tinha sido suspensa para ser retomada no próximo dia 21 de Janeiro. É falso. Não foi isso que aconteceu, por isso estamos aqui na sessão”. 

Essa interpretação que considerou de errada levou-o a dizer que perante uma tal inverdade, muitas vozes ao invés de se esclarecerem melhor nas suas próprias instituições, prontificaram em assumir certas atitudes hostis ao normal funcionamento do parlamento. Apontou como soluções erradas que segundo ele, foram ensaiadas com a intenção da destituição da Mesa da Assembleia Nacional Popular, através de subscrições.

Sobre essa subscrição, afirmou que do seu ponto de vista, a Mesa da ANP é eleita para uma legislatura completa, de acordo com artigo 22º e 29º do Regimento, onde os seus membros só podem ser substituídos definitivamente por impedimento, renúncia ou morte.

Cassamá clarificou que, o que lhe move é o exercício equilibrado do seu mandato e a busca incessante de tranquilidade e do bom entendimento entre os deputados.

Dissipadas essas dúvidas que segundo ele pairava em certas mentes falou do novo prazo de entrega do Programa do Governo. “ Outro assunto que merece ser esclarecido é o critério recorrido para a contagem do prazo de 15 dias, previstos no artigo 142º/2 do Regulamento. No referido instrumento não define a forma como se deve proceder a contagem dos 15 dias.

Segundo o presidente da assembleia, não havendo definição, recorreu-se a regra geral de contagem de prazo que informa que não conta o primeiro dia em que se notifica ou que se tomou conhecimento a pessoa ou instituição do prazo para a sua prática de determinado acto.

Ainda em jeito de esclarecimento sustentou que, como não contam os dias feriados e fins-de-semana, para o efeito, foi neste sentido que os membros da Mesa, de conformidade com aquilo que foi sempre sua prática, procederam a contagem dos dias no calendário, até fixação da data para o dia 21 de Janeiro de 2016. “Como prova existe acta que relatou como decorreu a reunião”.

Ainda no seu discurso falou duma outra reunião onde saiu um requerimento de aclamação apresentado pelo grupo parlamentar do PAIGC, em que foi produzido uma deliberação da Mesa e que foi notificado a todos os partidos com assento parlamentar. Depois de ter falado da aclamação, o presidente sublinhou que enquanto estivera frente dos destinos do hemiciclo guineense não vai cansar de dizer que, são uma instituição de soberania em representação do eleitorado, com responsabilidade e dignidade conferida pela Constituição. 

Realçou que os resultados que em benefício do povo foram capazes de conseguir ao longo dos seus mandatos, vai ser um instrumento de avaliação positiva ou negativa dos seus desempenhos. Assegurou a todos que, o diálogo em curso visa a busca de uma solução governativa estável, baseada no respeito, confiança mutua, na salvaguarda da democracia com a intenção da defesa da população, tendo apelado o espírito de cedência, tolerância e o bom senso.
IN UH


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