quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PRS reafirma que não houve nenhum nome consensual em Conacri para Primeiro-ministro e desafia o PAIGC a tornar Público um documento neste sentido

Depois de tomada de conhecimento dos comunicados produzidos pelos órgãos dirigentes do PAIGC, nos dias 14 e 15 do corrente, ficámos a saber que a estratégia do PAIGC, enquanto coassinante dos acordos de Bissau a 10 de setembro e de Conakri a 14 de outubro consiste, pura e simplesmente em aceitar os seus termos, desde que os mesmos fossem da sua inteira conveniência. Ou seja, desde que os pressupostos de nomeação da figura do Primeiro-ministro estivessem de acordo com os seus desígnios.

Senão vejamos. É do conhecimento de todos os signatários de que para além do Acordo patrocinado pela CEDEAO, e publicamente assinado pelas partes em Conakri não existe mais nenhum outro documento que não seja um Comunicado final, normal nestas circunstâncias, esse apenas assinado pelo mediador o Presidente Alpha Condé e pelo Presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel de Souza. E o Acordo de Conakri não revela nome de Primeiro-ministro, o que aliás não traduziria a verdade dos factos, uma vez verificada a inexistência de consenso nos 3 nomes propostos.

O Partido da Renovação Social desafia o PAIGC a publicar o alegado relatório ou ata, cuja existência vem, num ato de desespero e de falta de argumentação, sustentando nos órgãos da comunicação social, porque em nenhum momento, durante as negociações, o PRS teve conhecimento de tal documento. 

O que o PAIGC, numa clara estratégia de lançar o pânico e a confusão, está a tentar, é, eventualmente, com a ajuda de alguém, forjar um documento inexistente, que mesmo a existir teria sido, como mandam as regras, apresentado às partes para a sua validação. O PRS está seguro de que esta pequena/grande mentira política, não será caucionada pela CEDEAO. 

Esta posição do PAIGC configura na realidade uma manobra para não aceitar o acordo que ele próprio já rubricou, caso o nome que venha a ser anunciado não seja do seu agrado. A esta situação, aliás, impõe-se-nos uma pergunta: porque é que o PAIGC, sabendo-se ganhador das eleições, não conseguiu impor ao mediador o nome da sua preferência, conforme agora reclama de novo, acabando, sim por aceitar a regra do consenso entre as partes e confiança do Presidente da República?

É no mínimo curiosa a forma oportunista como a Direção do PAIGC vem agora em Bissau, defender o nome do Dr. Augusto Olivais proposto pelo senhor Presidente da República. Os nomes propostos pelo PAIGC em Conakri foram, respetivamente, os nomes do Eng. Carlos Correia e do Eng. Mário Cabral, e em nenhum momento se lembraram, de que afinal gostavam também do Dr. Olivais.

É de salientar que a Presidente em exercício da Conferencia dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, a Presidente liberiana, reafirmou a inexistência de consenso à volta dos nomes propostos. É preciso que se diga, que esta é uma manobra que consubstancia uma clara desresponsabilização por parte do PAIGC, por um eventual fracasso do Acordo de Conakri.

E um outro exemplo ainda mais ilustrativo da falta de imaginação e de desespero vem agora por parte do PAIGC com as falsas alegações, da existência de um acordo entre o PR, o PRS e os 15, que impede estes últimos de se apresentarem nas estruturas do partido. Mais uma vez o Partido da Renovação Social desmente categoricamente esta caluniosa afirmação e desafia o PAIGC a apresentar provas de tal acordo e a torná-las públicas.

Também é preciso esclarecer ao povo da Guiné-Bissau e à comunidade internacional de que toda esta crise política vigente tem um único responsável: a atual direção do PAIGC, que através de uma desastrosa gestão interna partidária, nunca soube manter e conservar os ganhos e a confiança depositadas pelo povo guineense nas urnas ao vencer as eleições legislativas de 2014. Esta direção nunca soube que não basta ganhar eleições para se manter no poder, é preciso também ganhar a confiança política dos parlamentares e do Presidente da República.

Esta direção do PAIGC anda de manobra em manobra, em jogos de equilibrismo, mesmo que para isso invente crises fictícias, promova greves e marchas com organizações da sociedade civil, alegadamente apartidárias, que surgem do nada, mas fortemente financiados com o erário público desviado do famigerado “resgate” aos bancos, vivamente criticado pelo FMI. A atual direção do PAIGC já tentou de tudo. 

Até apoios nas instâncias internacionais com a arma da intriga e da mentira, que apesar de nada lhe servir, não poupa esforços em alargar esta maléfica influência ao incitamento à violência nas palavras de ordem proferidas pelos seus sicários de serviço nas iniciativas que vem promovendo para enganar o povo, ao arrepio da decorrência da implementação do acordo de Conakri.    

O PRS tem conhecimento da tentativa irresponsável por parte do PAIGC em tentar aliciar a classe castrense para a subversão da ordem, por isso chamamos a atenção do nosso povo para a vigilância requerida e responsabiliza o PAIGC por qualquer deriva da atual conjuntura política.
Bissau, 16 de novembro de 2016 
/ O Secretariado Nacional de Comunicação

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