segunda-feira, 13 de abril de 2015
PRS acolhe em Bissau a família de internacional centrista e recebe rasgados elogios sobre apoio a estabilização da Guiné-Bissau
A Conferência Internacional sobre a Internacional Democrática do Centro (IDC) organizada pelo PRS em Bissau, arrancou esta manhã. No Hotel Azalay, os representantes dos partidos como a Unita da Angola, PSD de Portugal, ADI, de São-Tomé e Principe e MpD de Cabo Verde, juntar para discutir a presença do PRS no mundo e a sua contribuição para autarquias na Guiné-Bissau.
Oliveira Pinto, Secretário-Geral dos autarcas do PSD, ao usar de palavra em nome dos representantes dos partidos políticos, disse que o PRS mudou. E essa mudança é comentada em todas as partes do mundo. Quanto a Conferência, qualificou-a de um importante contributo do partido para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, uma vez que todos os parceiros são experientes nas questões autárquicas.
Florentino Mendes Pereira, secretário-geral do PRS, foi quem presidiu a cerimónia da abertura e apelou a todos no sentido de trabalharem para o bem-estar da Nação. Leia na íntegra, o seu discurso, num encontro marcado com a presença do Secretário-Geral da IDC e do histórico da Unida, Alcides Sakala.
DISCURSO PROFERIDO PELO SECRETÁRIO-GERAL DO PRS NA CERIMONIA DE ABERTURA DA CONFERENCIA INTERNACIONAL “PRS NO MUNDO E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO AUTÁRQUICO”
Sua Excelência, D. Alberto Ruiz Thiery, Coordenar geral da IDC - Internacional Democrata Centrista; Sua Excelência, senhor Dr. Silvestre Gabriel Samy, Secretário-geral Adjunto da UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola; Sua Excelência, senhor Dr. Alcides Sakala, responsável pelas Relações Externas da UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola; Sua Excelência, senhor Eng.º Jorge Santos – Responsável pelas Relações Externas, deputado, e antigo Presidente do MpD – Movimento para a Democracia em Cabo Verde; Sua Excelência, senhor Dr. Pedro Oliveira Pinto, representante do PSD – Partido Social Democrata e Secretário-geral da ASD – Autarcas Social-democratas; Ilustres representantes do Corpo diplomático; Digníssimos deputados da Nação; Ilustres representantes dos Partidos políticos; Caros colegas da direção superior do partido; Ilustres convidados; Caros amigos da Imprensa; Minhas senhoras e meus senhores.
Queria em primeiro lugar, começar por saudar os nossos ilustres convidados, representantes de partidos amigos, que não pouparam esforços, na reorientação das suas carregadas agendas, para estarem aqui presentes, o que muito nos honra.
Aos nossos amigos angolanos da UNITA, nas pessoas do Dr. Silvestre Gabriel Samy e do Dr. Alcides Sakala, que ao reconhecerem a importância deste ato, não deixaram de pôr de lado, os seus deveres parlamentares para estarem presentes e solidários connosco neste momento, os nossos mais sinceros agradecimentos, em nome do Presidente do nosso Partido, Alberto Nambeia que não pôde estar aqui connosco e em meu nome pessoal.
Vai também uma palavra de agradecimento em nome do PRS, através dos seus ilustres representantes ao valente povo angolano. Ao nosso amigo, D. Alberto Ruiz Thiery, Coordenador Geral da Internacional Democrata Centrista, organização que muito nos honra com a sua presença neste evento, e que de resto, será objeto de análise daqui por instantes, o nosso muito obrigado. Igualmente, o nosso muito obrigado ao nosso amigo, o Eng.º Jorge Santos, ilustre deputado da Nação cabo-verdiana e antigo Presidente do Movimento para a Democracia, o MpD, que preside a IDC Africa, pelo seu empenhamento na integração do PRS na Internacional Democrata Centrista.
E por fim, como já dizia a Bíblia, os últimos são os primeiros, o nosso muito obrigado também é dirigido ao nosso digno e estimado amigo português, o representante do Partido Social Democrata, Dr. Pedro Oliveira Pinto, Secretário-geral dos Autarcas Social-democratas.
Mas também não gostaria de deixar de dirigir um meu muito obrigado especial ao meu estimado amigo pessoal, o Eng.º Walter Teixeira antigo deputado do PSD e devoto amigo da Guiné-Bissau, quiçá, por ter bebido, na sua infância a água do Pindjiguiti.
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Como é do conhecimento de todos, em 1992, com a adoção da célebre Lei-quadro dos Partidos políticos, a Guiné-Bissau enveredou, então, pelo caminho da construção de um Estado de Direito Democrático, isto é, um Estado assente no multipartidarismo, na separação de poderes democraticamente instituídos e no equilíbrio semipresidencialista de poder.
Porém, separando a teoria da prática, pode-se dizer que, do ato da declaração formal e constitucional do novo regime político à sua verdadeira realização, existe, na realidade, um longo percurso a fazer. E este, como é do conhecimento de todos, tem conhecido várias vicissitudes.
Nessa senda, foi fundado a 14 de janeiro de 1992 pelo nosso líder carismático, o Dr. Kumba Yalá e alguns companheiros, o Partido da Renovação Social, que, a par de outras formações políticas formalizadas e reconhecidas na altura, pode e deve ser considerado um dos principais impulsionadores do regime democrático instalado a partir das primeiras eleições gerais, democráticas e multipartidárias realizadas em 1994.
Pode-se dizer que o PRS é um fruto extraordinário, resultante, no entanto, de uma gestação tremendamente difícil, quanto dolorosa. O nosso Partido surge, pois, como fruto de uma convocatória da história política do nosso país a participar na honrosa, nobre e gratificante missão de edificar uma sociedade de direitos e um Estado de direito democrático.
O PRS tem, portanto, a consciência exata do seu papel e da sua responsabilidade na arena política guineense. A par dessa consciência, encontra-se nele enraizada a convicção da sua afirmação definitiva como partido de governo, que passa, necessariamente, por mais e melhor saber e saber fazer, isto é, por uma melhor organização e funcionamento das suas estruturas, o que inclui, com certeza, a capacidade de estabelecer e tirar vantagens das relações de parceria com organizações políticas amigas na comunidade internacional, como é o caso da IDC – Internacional Democrata Centrista, do MpD – Movimento para a Democracia de Cabo Verde, do PSD – Partido Social Democrata de Portugal, da UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola que se encontram aqui entre nós, mas também da ADI de São Tomé do Primeiro-ministro Patrice Trovoada, do RPR do Presidente Alassane Ouatara da Côte d’Ivoire, da APR do Presidente Macky Sall do Senegal, que por razões de calendário não estão presentes. Portanto, posso seguramente afirmar que temos razões mais que justificantes para a realização da presente conferência.
Minhas Senhoras e Meus Senhores
O País hoje vive uma situação de verdadeira acalmia e estabilidade políticas graças a um consenso geral dominante nas elites políticas do nosso país, que se consubstancia na prevalência do interesse nacional em detrimento das cores partidárias.
A mercê deste clima de entendimento foi recentemente verificado um sucesso inesperado, na recente Mesa Redonda em Bruxelas, que ultrapassou todas as expetativas iniciais, e fez com que o país regressasse ao concerto das Nações.
Grosso modo, pretende-se, com esta conferência, não só melhorar a performance do partido em termos do seu desempenho político-organizativo, mas também, mais especificamente, propor e debater ideias que permitam o aprimoramento das suas parcerias políticas e do seu programa face as primeiras eleições autárquicas que se avizinham.
Por isso espera-se da parte dos dirigentes e quadros técnicos do partido uma plataforma clara de entendimento relativamente à noção e à importância política da IDC, e das vantagens da nossa filiação, e, por outro lado, também se espera adquirir mais ciência e mais experiência, que servirão de base para a nossa contribuição parlamentar do PRS na conceção de leis autárquicas e na elaboração do nosso programa eleitoral autárquico.
Desejo uma boa sessão de trabalhos e dou por aberta a Conferência.
Bem-haja e muito obrigado a todos.
Florentino Mendes Pereira
– Secretário-geral
Bissau, 13 de abril de 2015
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