O Partido de Renovação Social (PRS) criado há 20 anos, sempre foi figura presente na política do país desde essa altura até a data presente. O Partido dos vários embates eleitorais em que participou ganhou dois e figura como o único que tem conseguido responder o domínio instalado pelo PAIGC em termos de exercício do poder. Em quase 20 anos de democracia, o PAIGC só não exerceu o poder em três anos. Isto é de 2000 a 2003. Foi neste período que o PRS exerceu de facto menos de um ano de poder. O seu primeiro ano foi partilhado com os partidos mais votados na altura, formando um Governo de Base Alargada PRS/RGB.
Essa coligação governativa durou um ano e se enquadra
naquilo que o PRS continua a defender: Governação inclusiva. Só um Governo de
inclusão pode ajudar o país a livrar-se das situações negativas que tem vivido.
A coligação terminou em Março de 2001 (por razões sobejamente conhecidas) e por
ser o partido que o Povo tinha confiado voto, o PRS avançou para um Governo
dirigido na altura por um dos seus militantes, quando as opções de inclusão já
não existiam. O povo que tinha castigado o PAIGC pela violenta guerra que
provocou no país, não aceitaria nunca, que fossem chamados para a governação os
dirigentes daquela formação política Mas mesmo assim, o Governo tinha muitos
independentes e extras PRS. E não só no Governo, como nas direcções-gerais e
nos institutos públicos. Essa governação durou pouco de 11 meses e surgiu um
outro Governo liderado por não militante do PRS e durou 9 meses. E por último
para fechar os três anos do poder do PRS surgiu o Governo de Iniciativa
Presidencial. Todas estas recordações têm apenas um objectivo: Mostrar ao mundo
e a detractores do partido que, o PRS nunca exerceu efectivamente o poder
durante dois anos. Se isso é verdade, onde está a responsabilidade do PRS em
toda a imagem negativa que se tenta imputar. Mas existem ainda outros elementos
para este debate. Não obstante o período do exercício do poder ser extremamente
curto em relação ao PAIGC, o PRS foi partido que quando esteve no Governo, o
país conheceu melhores obras. São estas obras Palácio do Povo; Prédio dos
ex-Combatentes, Ponte de João Landim, cerca de 80 Km de estradas revestidas e
instalação da rede móvel no país. Estas são as realizações mais visíveis, mas
de um partido que em menos de três anos do poder conseguiu. Todas essas obras
aconteceram na ressaca de guerra de 7 de Junho, onde os principais parceiros,
por causa da instabilidade cancelam todos os seus apoios. Todos mesmo. Mas
graças a um trabalho patriótico, essas barreira diplomáticas (na maioria dos
casos foram contornados.
Apesar dessa proeza, os nossos adversários, aproveitam para
intoxicar a opinião pública nacional e internacional, como o partido é composto
por dirigentes incapazes e que não faz realizações. Mentira política. Os dados
falam por si e os nossos adversários políticos, a todos custo mantêm as mesmas
acusações para nos desacreditar. É verdade (como acontece com qualquer principiante)
que foram cometidos erros na altura. Muitos deles involuntários, mas alguns
foram frutos de aproveitamento político dos nossos adversários.
No capítulo educativo que de resto constitui um dos cavalos
de batalha dos nossos adversários, pelo facto de na altura, o PRS tendo
concluído não existir aproveitamento dos alunos decidiu anular o ano lectivo e
não dar nota administrativa como o PAIGC tem feito quase sempre, podemos
destacar dois aspectos. O PRS foi o partido que mais bolsas de Estudo concedeu
aos estudantes guineenses e foi nas bolsas dadas pelo PRS é que se vê maior
justiça.
As bolsas dadas pelo PRS são bolsas por mérito. E graças a
essas bolsas para Senegal, Marrocos, Rússia e Brasil, hoje as instituições do
país estão a ser muito bem servidas. Foi um simples dever de quem governa, mas
chegamos hoje ao ponto de recordar as pessoas, porque os nossos adversários, na
ausência de visão e projectos Políticos recorrem os mais baixos ataques
possíveis.
A nível interno, o PRS tem sido um partido de oposição
construtiva. Basta lembrarmos que, ao longo destes anos, todas as questões do
PRS são colocadas no Parlamento (que é a casa de fazer política). Os nossos
adversários, o PAIGC neste caso, tem sido responsável pelas suas próprias
crises. São os dirigentes do PAIGC que surgem, publicamente a criticar o
partido e o seu líder; são dirigentes do PAIGC que se envolvem em alianças para
derrubar o Governo. Basta olharmos quem foram os principais apoiantes do 12 de
Abril de 2012. E mais, o 12 de Abril teve antecedentes no Comité Central do
PAIGC onde não existe regras de designação do candidato. Em resumo, o PAIGC é
vítima da sua desorganização e falta de visão política.
São situações estas que os parceiros internacionais devem
saber. Saber, por exemplo que, para as últimas eleições presidenciais, o PAIGC
teve cerca de 5 dos seus militantes como candidatos independentes. Militantes
que discordaram com as normas de escolha do candidato e avançaram como
candidatos independentes. Militantes que criticaram ausência da democracia interna
no partido e preferiram avançar como independentes desobedecendo a orientação “ilegal”,
segundo eles, do Comité Central. Mas apesar de tudo isso, nota-se logo que há
falta de verdade. Estes militantes ao invés de esclarecer o que os levou a
tomar ou a assumir as posições que assumiram, tentam responsabilizar os outros.
PRS: Povo e o País em primeiro lugar. Juntos pela Guiné, construiremos uma Nação Moderna e Próspera...
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