O encontro político realizado pelo Partido de Renovação
Social em Gabú, foi bastante frutífero. Para além de ter acertado alguns passos
em termos de estratégias políticas, homenageado os seus dirigentes falecidos
naquela região, o PRS conseguiu ganhos incalculáveis. Os renovadores viram
nesse dia vários políticos nacionais aderirem à fileira do PRS. Tratam-se de
Uri Djaló, presidente e fundador do PRP, Benjamim Correia, ex-Presidente do PRN
fundado por Alamara Nhassé, Demba Buaró, ex-Director-Geral das Alfândegas da
Guiné-Bissau, Júlio N’Tchamá, irmão do ex-Primeiro-ministro Caeatano N’Tchamá e
o candidato nas últimas eleições presidenciais, Domingos Quadé, coordenador do
Projecto ‘Por um Cassacá II’. O PRS anunciou ainda a existência de uma lista
que contém mais de 250 quadros jovens que aderiram o partido e outra de 59
pessoas saídas da região de Biombo para aderir o Projecto.
No acto, os novos aderentes e regressados pronunciaram sobre
a decisão por eles tomados. Uri Djaló, do PRP assegurou que, desde início da
democracia na Guiné-Bissau, fez sempre do PRS a segunda opção. “Sempre que eles
seguissem para a segunda volta, o meu voto e dos militantes do nosso partido
era para eles. Hoje, chegamos a conclusão que devemos unir. Estamos aqui para
fazermo-nos militantes e dirigentes do PRS corpo e alma e ajudar a vencer às
eleições”, disse, Uri Djaló.
Benjamim Lourenço Correia que ficou com o PRN depois da
saída de Alamara Nhassé para o PAIGC justificou o regresso com a necessidade de
fortificar as posições. “Fomos militantes que ajudaram a angariar assinaturas
para a legalização do partido. Fizemos o trabalho que devíamos fazer. Houve
momentos em que se achou que não havia condições para continuar e saímos. Mas,
hoje, a nível do PRN chegamos a conclusão que o nosso futuro está no PRS. Por
isso, exortamos a todos os nossos militantes para passarem a dar o voto ao PRS”,
aconselhou.
Nesta lista de aderências, o PNR foi de facto o partido que
mais eco fez sentir em Gabú. Estavam no local de encontro dezenas de pessoas
com as camisolas daquela formação política para provar que a mudança era para
valer.
Benjamim Lourenço aproveitou para fazer um pequeno balanço
sobre a passagem do partido na oposição. Disse que nas últimas eleições
suportara a candidatura do ex-presidente da ANP Ibraima Sori Djaló e ficaram na
6ª posição.
“Aqui na região de Gabú conseguimos um número de votos
significativo. Valeu a pena. Mas depois da análise que fizemos sentimos que
devíamos regressar a procedência. Hoje, o PRS apresenta uma visão política
diferente e todos devem apoiar”.
Domingos Quadé, candidato às eleições presidenciais de 2014,
a frente do projecto ‘Por um Cassacá II’ disse que decidiu aderir, porque acha
que com 40 anos de independência, o país já teve 40 partidos e nada mudou. E em
vez de transformar ‘Por um Cassacá II’ num partido político, optou por integrar
o PRS. “Sentimos que nada justifica a criação de um partido político. Das
várias opções que existiam decidimos pelo PRS. Estamos aqui para ajudar na
fortificação das posições do PRS e avançar para a conquista dos seus
objectivos”.
Todas estas aderências foram resultados de convites
formulados pela actual direcção do PRS a esses políticos e individualidades. Um
deles convidados é Faustino Imbali. O ex-Primeiro-ministro (até aqui presidente
do partido Manifesto do Povo) ainda não deu qualquer resposta ao convite, mas
disse que está para breve. O político aproveitou para tecer rasgados elogios a
actual direcção do PRS, deixando cloara a imprensão de que vai juntar aos
renovadores. “Foi um convite pessoal e estou aqui a falar em nome próprio e não
do partido. Estou a analisar o convite e deixo aqui a promessa de que
brevemente vou dar a resposta. Mas permitam-me assinalar a visão da nova
liderança do PRS na pessoa do seu presidente, Alberto Nambeia. É uma visão de
congregação e de união de diferentes sensibilidades para o bem-estar da Guiné-Bissau”.
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