Os populares e moradores de diferentes círculos eleitorais de capital, tem solicitado à presença do novo Secretário-Geral do Partido de Renovação Social (PRS) e seu staff junto deles. No dia 2 de Agosto, Florentino mendes Pereira reuniu com populares do Círculo 24 e no dia 3 com os do Círculo 25. Nessas reuniões, o SG do PRS tem aproveitado para apresentar a nova direcção e falar dos projectos do Partido para o País, mas também esclarecer ou desintoxicar muitas intoxicações que são feitas pelos seus adversários políticos. Umas dessas intoxicações são acusações do partido ser de violência e sempre apoiado pelos militares ou tribalista com líderes políticos de um mesmo grupo étnico.
As acusações e insinuações por serem tão graves, o novo
Secretário-Geral acha ser importante abordá-las com vista a desmascarar os seus
adversários políticos. “Qualquer um de vocês aqui já foi confrontado com
insinuações de que o PRS é um partido tribalista. Um partido do grupo étnico
balanta. Há muito que ouvimos essas acusações e não respondíamos, porque
sabemos que eram apenas estratégias políticas, embora condenáveis. Mas por
vermos que os nossos adversários não dispõem de outras estratégias a não ser
estas, decidimos que esta situação vai defini9tivamente esclarecida”, começou
por referir perante uma assistência bastante atenta para lhe ouvir.
Disse que se o PRS fosse um partido de balantas, ele mesmo
não conseguiria ganhar o Congresso, porque não pertence o mesmo grupo étnico. “Só
para terem ideia, ganhei o cargo de secretário-geral ao Dr. Máximo Tenha
Tchudá. Quem ficou na segunda posição, foi o Engº. Carlitos Barai. Todos nós
não somos balantas. Na direcção, do primeiro, ao quinto vice-presidente ninguém
é balanta. Mas ganhamos a um candidato que pertence ao grupo étnico balanta. Infelizmente
os nossos adversários, por lhes faltarem argumentos e fundamentos políticos e
para desviarem as atenções dos menos atentos invocam este argumento falso e
perigoso”, respondeu Florentino Mendes Pereira sob uma forte ovação.
A mesma resposta foi quase dada a acusações da proximidade
do PRS aos militares. Na sua reacção, Florentino Mendes Pereira acha que, os
seus adversários pensam que são burros. “Mas digam-me uma coisa, acham que
tenho ou nós da direcção somos tolos. Acusam-nos de dar o golpe de Estado. Qual
é objectivo então? Era certamente ter o poder. Mas será que nós vamos dar golpe
e deixar o cargo de Presidente da República, Primeiro-ministro e as principais
pastas de governação nas mãos dos outros!? Será que nós aceitaríamos isso? Portanto,
é bom que a sociedade comece doravante a ver e a saber quem são os nossos
adversários. O que podem e o que não podem”.
Florentino Mendes Pereira disse ter falado dessas duas
situações perigosas, apenas para mostrar duas coisas. Primeiro o baixo nível político
recorrido pelos seus adversários para conquistar o voto, mas também mostrar
que, não existe na Guiné-Bissau partido que tem conseguido contribuir para
preservação da paz e estabilidade, como o PRS.
Ele que decidiu falar de todos os aspectos ligados a
política nacional, voltou a afirmar que o PRS tem dado contribuição importante
no país e isso devia ser agradecido pelos seus adversários. “Na situação de aflição
e depois do PAIGC quase decidir bloquear o país, surgimos para ajudar na
estabilização. Todos podem testemunhar a nosso favor hoje que, o país vive essa
normalidade graças ao PAIGC. Não optamos pelo radicalismo como eles, mas
decidimos sim aceitar um acordo para um Governo de inclusão que acabou por
ajudar na reabilitação da imagem do País. Hoje os parceiros voltaram graças ao
governo de inclusão; temos data de eleições graças a ele. Mas temos tudo isso,
graças a flexibilidade do PRS”, vangloriou, pedindo aos seus adversários para
reconhecerem o patriotismo político dos dirigentes renovadores.
No entanto, o Secretário-Geral do PRS acusou o PAIGC de ser
amigo dos militares, porque quando em 2003 estes deram golpe ao regime do PRS,
foram eles que fizeram festa. “Felizmente estivemos cá e vimos plataformas nas
ruas. Mas nós, por sermos democratas e com noção clara de que o poder se
conquista nas urnas, sempre defendemos a sua conquista nas urnas. E foi por
isso que nunca alguém ouviu o PRS a contestar ou apoiar subversões”,
esclareceu.
Em relação a nova Direcção, Florentino Mendes Pereira
prometeu que o PRS está numa virada total. “Estávamos sempre em posição de
desvantagem em relação aos nossos adversários (PAIGC), porque conseguiam
comunicar mais ou monopolizar os diferentes canais de comunicação. É um segredo
político que conhecemos, mas que nunca aceitamos e nem vamos utilizar por
maldade. Agora, a partir de agora, sempre que disserem algo, vamos aparecer
para desmascará-los. Disto, podem acreditar que não vamos dar tréguas”,
prometeu.
“Não devemos desviar
atenção do povo”
Com uma intervenção de cerca de 50 minutos, o novo
secretário-geral acusou o PAIGC de estar amarado a um passado infeliz. Um
passado em que não conseguiu fazer nada, mas que consegue utilizar a comunicação
social para enganar o povo. “No último mandato do PAIGC vimos um aspecto que
utilizaram como trunfo nas eleições. Estradas. 10 km de estrada.
Aeroporto/mercado de Bandim e Chapa de Bissau/Antula. São ao todo 10 Km. Tudo
bem. Nem vamos entrar em aspectos técnicos. Fiquemos apenas no dinheiro gasto.
7 biliões de euros. Quase 14 biliões de Fcfa. Acham isto justo? Acham isto
honestidade ou competência? Se aguardar as vossas respostas, em nome da
direcção superior do PRS, queremos pedir a todos os militantes que estejam a
altura de defender o partido. Mostrar que, o PAIGC não fez nada de melhor para
o país. Pelo contrário. Tem passado todo o tempo a arruinar este povo”.
De acordo com o SG, nos 40 anos de independência e o PAIGC
dirigiu os destinos do país, os principais assuntos foram relegados para o
segundo plano. A saúde, a educação, a energia, a agricultura, as
infra-estruturas, a economia. “São estes assuntos é que merecem ser debatidos.
E é isso que queremos debater com o PAIGC. Nessas eleições, independentemente
de quem venham a escolher, desafiamos-lhe para
um debate sobre os projectos que temos para transformar o país. Só
debatendo ideias e projectos é que os guineenses terão matéria para eleger o
melhor”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário