PRS: Uma marca e imagem que custaram sacrifícios
Criado em 1992 pelo seu
carismático fundador, Dr. Koumba Yalá, o PRS precisou apenas de dois anos para
afirmar-se na cena política nacional. Durante os anos da sua existência, o
partido de bases (como é chamado por alguns) conseguiu convencer o povo
guineense que estava na cena política apenas para ajudar no apoio ao
desenvolvimento. Por isso o povo levou o PRS ao Parlamento, à Presidência e ao
Governo.
No exercício do poder, o PRS
cometeu alguns falhas e essas falhas foram sancionadas pelo povo, mas
curiosamente, nunca deixou de apostar nele. Em 2012, Koumba Yalá decidiu
finalmente passar o testemunho a outros. E nestes outros, no Congresso
realizado em Dezembro do referido ano, os militantes escolheram Alberto Nambeia
como, presidente do partido e Florentino Mendes Pereira, como Secretário-geral.
Estes dois dirigentes e seus
respectivos colaboradores, fizeram o que podemos chamar de estudo do caso.
Todas as iniciativas boas do passado foram conservadas e as menos aceitadas
foram melhoradas. Como resultado, o PRS melhorou de forma significativa a sua
simpatia para com o povo. O partido nas últimas eleições saiu de 23 para 41
deputados. Não obstante os números serem importantes, a liderança do PRS soube
interpretá-los. Fazer a oposição responsável de forma a permitir que quem vença
as eleições governar.
PRS não pagará nunca a factura do PAIGC
Ao longo da última governação
assumida pelo PAIGC, a direcção deste último entendeu que para a estabilidade
governativa precisava do PRS no Governo. Uma atitude que sempre o PRS louvou,
mas que carecia de sustentabilidade, porque nem todos os dirigentes do PAIGC
viam com bons olhos a iniciativa do seu presidente. Portanto é bom que fique
claro que, Domingos Simões Pereira teve a nobre ideia de integrar o PRS na
governação, mas infelizmente, alguns dos dirigentes e militantes do seu partido
não partilhavam essa mesma visão. No Governo, o PRS participou com toda a
determinação e a história registará que, no primeiro ano de governação as
pastas assumidas por este partido não ficaram para trás no balanço. Tanto
Domingos Simões Pereira, os guineenses e a Comunidade Internacional
reconheceram mérito ao PRS e aos seus dirigentes. Aqui no PRS fizemos o
contrário, não em termos apenas de humildade, mas no aconselhável dar ao césar
o que é de césar: Este mérito é mais do PAIGC, porque foi quem convidou o PRS a
fazer parte do Governo. Foi quem deu oportunidade aos dirigentes do PRS para se
mostrarem. E neste particular o partido sempre agradeceu, não obstante todo o
esforço despendido visar apenas dar uma importante contribuição para o
bem-estar da nação guineense.
Porém, no primeiro ano da
governação, surgiram algumas divergências entre os militantes do PAIGC. O
Presidente da República achou (e disse publicamente) que não tinha condições de
coabitar com Domingos Simões Pereira. Primeiro-ministro e Presidente do PAIGC.
Em consequência disso demitiu o Governo do PAIGC e do qual o PRS fazia parte. A
partida, o assunto é exclusiva e de inteira responsabilidade do PAIGC. O PRS
voltou ao seu cantinho a espera do fim da crise e das próximas eleições. Mas
infelizmente há quem quer que seja o PRS a arcar com a crise. Porquê? Porque na
solução encontrada pelo Presidente da República, o PRS foi apontado com uma das
partes capazes de ajudar. E tal como Domingos Simões Pereira, o novo
Primeiro-ministro entendeu por bem e para a estabilidade governativa convidar o
PRS a tomar parte no Governo.
Contrariamente ao sucedido
aquando do convite de Domingos Simões Pereira, por causa das circunstâncias e
do tempo, o presente pedido foi levado a reunião da Comissão Política do
Partido. Porquê? Porque o assunto não só era polémico, como o partido precisava
de suporte que sustentasse o convite. Depois da direcção passar informações
ligadas ao convite, tal como rege a democracia e vigora no PRS, as competências
passaram para os militantes através de uma deliberação na plenária daquele
órgão. Primeiro equívoco que deve ser esclarecido, é que a integração do PRS não
foi vontade de pessoas, mas sima decisão legítima dos militantes, embora
existam alguns que tinham posições contra, mas, pronto a decisão é do PRS e
todos se revêem nela. É assim num partido onde impera a disciplina partidária –
é assim num partido onde impera a união e é assim num partido que se pretende
fortificar. Não podem existir nunca os chamados (nha boca casta). O que seria o
PRS, se numa decisão daquela natureza, por exemplo, um Alberto Nambeia ou
Florentino Mendes Pereira virem a público dizerem que não se revêem nela? Seria
o fim do partido; seria início de uma crise sem precedentes. Seria igual ao que
está a acontecer no PAIGC. Naquele partido, pelo menos pelo que temos assistido
até aqui, os órgãos deliberam, os militantes assumem posições que querem. Aqui,
isso não funciona, felizmente.
Fazer PRS responsável da crise, é uma invenção que não pegará
Durante um ano de coabitação no
Governo, as acções do PRS não foram apenas no Governo. No Parlamento,
felizmente, foi o PRS quem evitou que não houvesse moção de censura, porque não
é segredo, a crise intestinal que o PAIGC sempre viveu, vive e que viverá. Mas
em virtude do seu compromisso, o PRS, através da sua bancada parlamentar,
respeitou a orientação do voto. Tanto assim que o presidente do PAIGC e
Primeiro-ministro demitido nunca teve queixas do PRS. O Partido sempre
funcionou daquela forma, não apenas para dar o benefício de dúvidas; reconhecer
o direito de governar a quem ganhou, mas acima de tudo, ajudar na tranquilidade
dos guineenses e garantir a paz e estabilidade de que o país precisa. Hoje, em
virtude das guerras no PAIGC, alguns querem que o PRS seja apontado como mentor
dessa crise. Falsa tentativa, porque desta vez, podem acreditar, o PRS não
deixará ser atingido pela máquina de propaganda do PAIGC. A crise que estamos a
viver hoje na Guiné-Bissau é de inteira e exclusiva responsabilidade do PAIGC.
Dizemo-lo hoje, estaremos preparados para o dizer amanhã e em qualquer espaço.
Não há nenhuma possibilidade do PRS assumir essa crise.
Integração do PRS no Governo
Qualquer político que se declarar
como tal, tem a intenção de chegar a governação. Aliás, é por isso que se criam
partidos políticos e se organiza as eleições. O PRS quer o poder. Mentira qualquer
um que disser o contrário. Agora, em que circunstâncias o PRS quer o poder na
Guiné-Bissau? Apenas através do reconhecimento do mérito. Pode ser por via
popular (quando o povo o votar) ou por reconhecimento através de uma coligação
ou convite como o PAIGC já fez e pretende fazer. E para informação de todos, o
PRS recebeu no passado dia 18 de Setembro um convite da direcção do PAIGC para
se discutir as possibilidades do partido fazer parte da governação. A reunião
está marcada para o próximo dia 20 de Setembro de 2015.
No entanto, desta vez, a única
garantia que o PRS dá, é que tudo será diferente. A integração no Governo será
mediante um Acordo Prévio, ou um Pacto de Estabilidade (preferência do PRS). Caso
contrário o partido agradecerá o convite e continuará na oposição que é o lugar
que conquistou nas eleições. O PRS não será usado e nem é satélite de nenhum
partido.
Tudo tem o seu custo e o PRS,
para o bem dos seus militantes e dos guineenses saberá posicionar-se desta vez.
O Convite será discutido com o PAIGC; vai a Comissão Política; volta a
discussão com o PAIGC e se possível, acorda-se. Se não…
Dirigentes do PRS no Governo
Tudo no PRS é deliberado. No PRS
só manda o PRS e não partidos extras. O único poder, que o PAIGC tem terá no
PRS é só endereçar o convite. O PAIGC não decidirá sobre um único nome do PRS a
integrar o Governo. Se o PRS sabe quais são os seus dirigentes capazes de
interpretar o seu o Programa de Governo, o PRS sabe igualmente quem está a
altura de dar respostas aos anseios do partido. Portanto os boatos de nomes e
de condenações, não passam de meros boatos. Quando chegar o dia, vai para o
Governo quem o PRS entender. O melhor que o PAIGC deve fazer antes de tudo é
criar prescindir do partido PRS. Se o PAIGC lutou para os seus direitos em nome
do seu presidente, o PRS está a altura de fazer o mesmo. No PAIGC manda
Domingos Simões Pereira, porque ganhou o Congresso, no PRS mandam Alberto
Nambeia e Florentino Mendes Pereira porque ganharam o Congresso. Não há outra
figura capaz de decidir em nome do partido na presença destes.
Insultos dirigentes políticos
Nas reacções a mensagem enviada a
direcção do Progresso Nacional houve quem insinuou em como há algo para
insultar Domingos Simões Pereira, Cipriano Cassamá e José Mário Vaz. É bom que
fique claro e o Progresso Nacional devia publicar a segunda versão da reacção.
Tal como eles nunca insultaram dirigentes do PRS quando tudo era maravilha,
significa que não tinham motivos. Agora por causa de crise no PAIGC tiveram
motivos; da nossa parte, é exactamente isso que está acontecer. Ainda não há
motivos para insultar Domingos, Jomav e Cipriano Cassamá, mas se os insultos
aos dirigentes do PRS persistirem, não duvidem; vamos descer mais abaixo ainda.
Quem pode mais, pode menos. Kila gora cana maina. Kaba i na sedu nó
continua djubi kumpanher li na Bissau. Anós li ku nó sta.
“Resolvam os vossos problemas e
deixem o PRS em Paz. Chegamos onde estamos, por mérito. Não aceitaremos nunca
que ninguém belisque a imagem do Partido chega!”.
Mantenhas
di bó amigos di comunicação di PRS
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