sábado, 19 de setembro de 2015

PRS histórico e solução, voltou a receber convite do PAIGC para integrar o Governo


PRS: Uma marca e imagem que custaram sacrifícios

Criado em 1992 pelo seu carismático fundador, Dr. Koumba Yalá, o PRS precisou apenas de dois anos para afirmar-se na cena política nacional. Durante os anos da sua existência, o partido de bases (como é chamado por alguns) conseguiu convencer o povo guineense que estava na cena política apenas para ajudar no apoio ao desenvolvimento. Por isso o povo levou o PRS ao Parlamento, à Presidência e ao Governo.

No exercício do poder, o PRS cometeu alguns falhas e essas falhas foram sancionadas pelo povo, mas curiosamente, nunca deixou de apostar nele. Em 2012, Koumba Yalá decidiu finalmente passar o testemunho a outros. E nestes outros, no Congresso realizado em Dezembro do referido ano, os militantes escolheram Alberto Nambeia como, presidente do partido e Florentino Mendes Pereira, como Secretário-geral.

Estes dois dirigentes e seus respectivos colaboradores, fizeram o que podemos chamar de estudo do caso. Todas as iniciativas boas do passado foram conservadas e as menos aceitadas foram melhoradas. Como resultado, o PRS melhorou de forma significativa a sua simpatia para com o povo. O partido nas últimas eleições saiu de 23 para 41 deputados. Não obstante os números serem importantes, a liderança do PRS soube interpretá-los. Fazer a oposição responsável de forma a permitir que quem vença as eleições governar.

 

PRS não pagará nunca a factura do PAIGC

Ao longo da última governação assumida pelo PAIGC, a direcção deste último entendeu que para a estabilidade governativa precisava do PRS no Governo. Uma atitude que sempre o PRS louvou, mas que carecia de sustentabilidade, porque nem todos os dirigentes do PAIGC viam com bons olhos a iniciativa do seu presidente. Portanto é bom que fique claro que, Domingos Simões Pereira teve a nobre ideia de integrar o PRS na governação, mas infelizmente, alguns dos dirigentes e militantes do seu partido não partilhavam essa mesma visão. No Governo, o PRS participou com toda a determinação e a história registará que, no primeiro ano de governação as pastas assumidas por este partido não ficaram para trás no balanço. Tanto Domingos Simões Pereira, os guineenses e a Comunidade Internacional reconheceram mérito ao PRS e aos seus dirigentes. Aqui no PRS fizemos o contrário, não em termos apenas de humildade, mas no aconselhável dar ao césar o que é de césar: Este mérito é mais do PAIGC, porque foi quem convidou o PRS a fazer parte do Governo. Foi quem deu oportunidade aos dirigentes do PRS para se mostrarem. E neste particular o partido sempre agradeceu, não obstante todo o esforço despendido visar apenas dar uma importante contribuição para o bem-estar da nação guineense.

Porém, no primeiro ano da governação, surgiram algumas divergências entre os militantes do PAIGC. O Presidente da República achou (e disse publicamente) que não tinha condições de coabitar com Domingos Simões Pereira. Primeiro-ministro e Presidente do PAIGC. Em consequência disso demitiu o Governo do PAIGC e do qual o PRS fazia parte. A partida, o assunto é exclusiva e de inteira responsabilidade do PAIGC. O PRS voltou ao seu cantinho a espera do fim da crise e das próximas eleições. Mas infelizmente há quem quer que seja o PRS a arcar com a crise. Porquê? Porque na solução encontrada pelo Presidente da República, o PRS foi apontado com uma das partes capazes de ajudar. E tal como Domingos Simões Pereira, o novo Primeiro-ministro entendeu por bem e para a estabilidade governativa convidar o PRS a tomar parte no Governo.

Contrariamente ao sucedido aquando do convite de Domingos Simões Pereira, por causa das circunstâncias e do tempo, o presente pedido foi levado a reunião da Comissão Política do Partido. Porquê? Porque o assunto não só era polémico, como o partido precisava de suporte que sustentasse o convite. Depois da direcção passar informações ligadas ao convite, tal como rege a democracia e vigora no PRS, as competências passaram para os militantes através de uma deliberação na plenária daquele órgão. Primeiro equívoco que deve ser esclarecido, é que a integração do PRS não foi vontade de pessoas, mas sima decisão legítima dos militantes, embora existam alguns que tinham posições contra, mas, pronto a decisão é do PRS e todos se revêem nela. É assim num partido onde impera a disciplina partidária – é assim num partido onde impera a união e é assim num partido que se pretende fortificar. Não podem existir nunca os chamados (nha boca casta). O que seria o PRS, se numa decisão daquela natureza, por exemplo, um Alberto Nambeia ou Florentino Mendes Pereira virem a público dizerem que não se revêem nela? Seria o fim do partido; seria início de uma crise sem precedentes. Seria igual ao que está a acontecer no PAIGC. Naquele partido, pelo menos pelo que temos assistido até aqui, os órgãos deliberam, os militantes assumem posições que querem. Aqui, isso não funciona, felizmente.

 

Fazer PRS responsável da crise, é uma invenção que não pegará

Durante um ano de coabitação no Governo, as acções do PRS não foram apenas no Governo. No Parlamento, felizmente, foi o PRS quem evitou que não houvesse moção de censura, porque não é segredo, a crise intestinal que o PAIGC sempre viveu, vive e que viverá. Mas em virtude do seu compromisso, o PRS, através da sua bancada parlamentar, respeitou a orientação do voto. Tanto assim que o presidente do PAIGC e Primeiro-ministro demitido nunca teve queixas do PRS. O Partido sempre funcionou daquela forma, não apenas para dar o benefício de dúvidas; reconhecer o direito de governar a quem ganhou, mas acima de tudo, ajudar na tranquilidade dos guineenses e garantir a paz e estabilidade de que o país precisa. Hoje, em virtude das guerras no PAIGC, alguns querem que o PRS seja apontado como mentor dessa crise. Falsa tentativa, porque desta vez, podem acreditar, o PRS não deixará ser atingido pela máquina de propaganda do PAIGC. A crise que estamos a viver hoje na Guiné-Bissau é de inteira e exclusiva responsabilidade do PAIGC. Dizemo-lo hoje, estaremos preparados para o dizer amanhã e em qualquer espaço. Não há nenhuma possibilidade do PRS assumir essa crise.

 

Integração do PRS no Governo

Qualquer político que se declarar como tal, tem a intenção de chegar a governação. Aliás, é por isso que se criam partidos políticos e se organiza as eleições. O PRS quer o poder. Mentira qualquer um que disser o contrário. Agora, em que circunstâncias o PRS quer o poder na Guiné-Bissau? Apenas através do reconhecimento do mérito. Pode ser por via popular (quando o povo o votar) ou por reconhecimento através de uma coligação ou convite como o PAIGC já fez e pretende fazer. E para informação de todos, o PRS recebeu no passado dia 18 de Setembro um convite da direcção do PAIGC para se discutir as possibilidades do partido fazer parte da governação. A reunião está marcada para o próximo dia 20 de Setembro de 2015.

No entanto, desta vez, a única garantia que o PRS dá, é que tudo será diferente. A integração no Governo será mediante um Acordo Prévio, ou um Pacto de Estabilidade (preferência do PRS). Caso contrário o partido agradecerá o convite e continuará na oposição que é o lugar que conquistou nas eleições. O PRS não será usado e nem é satélite de nenhum partido.

Tudo tem o seu custo e o PRS, para o bem dos seus militantes e dos guineenses saberá posicionar-se desta vez. O Convite será discutido com o PAIGC; vai a Comissão Política; volta a discussão com o PAIGC e se possível, acorda-se. Se não…

 

Dirigentes do PRS no Governo

Tudo no PRS é deliberado. No PRS só manda o PRS e não partidos extras. O único poder, que o PAIGC tem terá no PRS é só endereçar o convite. O PAIGC não decidirá sobre um único nome do PRS a integrar o Governo. Se o PRS sabe quais são os seus dirigentes capazes de interpretar o seu o Programa de Governo, o PRS sabe igualmente quem está a altura de dar respostas aos anseios do partido. Portanto os boatos de nomes e de condenações, não passam de meros boatos. Quando chegar o dia, vai para o Governo quem o PRS entender. O melhor que o PAIGC deve fazer antes de tudo é criar prescindir do partido PRS. Se o PAIGC lutou para os seus direitos em nome do seu presidente, o PRS está a altura de fazer o mesmo. No PAIGC manda Domingos Simões Pereira, porque ganhou o Congresso, no PRS mandam Alberto Nambeia e Florentino Mendes Pereira porque ganharam o Congresso. Não há outra figura capaz de decidir em nome do partido na presença destes.

 

Insultos dirigentes políticos

Nas reacções a mensagem enviada a direcção do Progresso Nacional houve quem insinuou em como há algo para insultar Domingos Simões Pereira, Cipriano Cassamá e José Mário Vaz. É bom que fique claro e o Progresso Nacional devia publicar a segunda versão da reacção. Tal como eles nunca insultaram dirigentes do PRS quando tudo era maravilha, significa que não tinham motivos. Agora por causa de crise no PAIGC tiveram motivos; da nossa parte, é exactamente isso que está acontecer. Ainda não há motivos para insultar Domingos, Jomav e Cipriano Cassamá, mas se os insultos aos dirigentes do PRS persistirem, não duvidem; vamos descer mais abaixo ainda. Quem pode mais, pode menos. Kila gora cana maina. Kaba i na sedu nó continua djubi kumpanher li na Bissau. Anós li ku nó sta.

“Resolvam os vossos problemas e deixem o PRS em Paz. Chegamos onde estamos, por mérito. Não aceitaremos nunca que ninguém belisque a imagem do Partido chega!”.

Mantenhas di bó amigos di comunicação di PRS

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