quarta-feira, 25 de março de 2015

Florentino Mendes Pereira fala em Bruxelas sobre a energia e integração do PRS no Governo


O secretário-geral do Partido de Renovação Social (PRS) defendeu em Bruxelas que a Mesa redonda é um assunto de interesse e merece ser apoiado por todos os guineenses independentemente da cor política. Em declarações a imprensa durante o breefing realizado um dia antes da Mesa, Florentino Mendes Pereira assegurou que as diferentes presenças em Bruxelas tiveram como único objectivo “dar força a Guiné-Bissau no momento em que mais precisa”.

Começando a sua intervenção com o reconhecimento dos esforços de guineenses que deixaram seus países de acolhimento para irem Bruxelas, o actual ministro da Energia salientou que “o momento difícil que o país atravessa” exige esforços de todos.

Num encontro em que, os ministros presentes responderam as questões dos emigrantes no encontro, Florentino Mendes Pereira foi indagado sobre a sustentabilidade do fornecimento de energia no país. “Penso que isto ficou claramente dissipado na intervenção do Primeiro-ministro. Na fase inicial apostamos em atacar o problema na capital e nos próximos seis meses vamos atacar as regiões. É isto que temos feito”, respondeu.

Outra questão levantada está ligada a qualidade. Mendes Pereira pediu ao seu interlocutor para “estar a vontade”, porque a energia é actualmente fornecida na Guiné-Bissau, “é regular” e com qualidade comprovada. “Não tem havido quedas de tensão, porque felizmente os nossos postos de transformações ainda funcionam bem, porque foram sujeitas a manutenções nos últimos tempos e isso faz com que a nossa energia cheque com qualidade”.

“Como prova daquilo que estou a dizer é adesão dos grandes clientes a nossa energia. Antes quase todas as instituições do país tinham seus grupos. Antes da nossa partida para cá, recebi a confirmação dos nossos serviços que as Nações Unidas suspender o funcionamento dos seus grupos e passaram a funcionar com a energia da EAGB. O BCEAO que tinha cerca de 3 Mgwats instalados, também já consome a energia da EAGB 24/24 horas. O aeroporto e demais outras unidades fabris que temos no país. Alguém fez referência a serração que se pretende instalar. Não disse a capacidade, mas o que sei é que, pela potência instalada que temos, podemos alimentá-la”, explanou o ministro da Energia.

 Uma das questões colocadas se relaciona com a integração do PRS no Governo do PAIGC de base alargada. Florentino Mendes Pereira apontou a “necessidade de estabilidade política” como um dos factores que contribuíram para a integração do partido de que é Secretário-Geral no Executivo. “Ninguém tem uma terapia para garantir a estabilidade. Estamos a fazer engenharias para encontrar solução. Quando o PM faz proposta, é um passo para esta estabilidade. Por exemplo em 102 deputados existentes, 41 do maior partido da oposição; 57 do partido vencedor e outros com assento parlamentar integrados, e votam as propostas como o Programa do Governo ou Orçamento Geral do Estado por unanimidade, é porque se deu passo para o consenso que queremos ter no país”. Na sua opinião, o que está a acontecer é convergência de posições a volta das grandes questões nacionais.

“O que nos falta é dar passos no sentido de garantir a estabilidade. De resto, penso que temos recursos humanos, temos recursos naturais e tudo para desenvolver o país. Se esta base de que falava já criada for bem aproveitada, acho que o país tem condições para progredir”, concluiu.

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