No quadro das comemorações de 24 anos da sua existência, o
Partido de Renovação Social (PRS) organizou dia 13 de Janeiro uma Conferência Nacional
subordina o tema: ‘As instituições da República face aos desafios da
estabilidade política e governativa’ na Guiné-Bissau. A conferência que
decorreu num dos hotéis da capital, teve a participação de centenas de
militantes e dirigentes do PRS com oito subtemas orados pelos militantes do PRS
e convidados da Sociedade Civil e outras formações políticas.
Logo após a cerimónia da abertura proferida pelo presidente
da Comissão organizadora das comemorações de 14 de Janeiro (data da fundação do
PRS), Orlando Mendes Viegas, que responsabilizou o PAIGC do impasse político
que se vive na Guiné-Bissau, deu-se lugar as conferências. O primeiro tema
denominado ‘Na perspectiva do Governo’, foi orado pela Drª. Carmelita Pires.
Ela que traçou as grandes linhas daquilo que deve ser uma governação
e realçou o importante papel jogado pelo PRS para o sucesso do demitido Governo
de Domingos Simões Pereira, considerou o PAIGC partido desorientado e
responsável pela situação política prevalecente. (ler toda a comunicação no
Blog www.prsgbissau.blogspot.com
ou no www.prsgb.com).
Depois da intervenção da presidente do PUSD que foi
amplamente elogiada por todos os presentes na sala, foi a vez do ex-candidato à
Presidência da República, Domingos Quadé, animar o tema: “Na perspectiva do
Presidente da República”.
Em Traços gerais, Domingos Quadé realçou o
relacionamento entre um presidente da República com o Governo e os partidos
políticos. Ele que é militante do PRS há um ano, sublinhou que as
conquistas do PRS se devem a sua coesão e que a política para que o partido tem
vergado nos últimos tempos, permitiu-lhe maior acolhimento junto da sociedade.
Para falar da vida dos partidos políticos, as suas
políticas, fontes de financiamentos e comportamentos dos militantes, o PRS
convidou, o investigador Faustino Fudut Imbali. Na sua comunicação, Imbali
demonstrou quão é importante a disciplina partidária para a coesão de qualquer
formação política.
Segundo ele, quando os militantes de um partido violam
disciplina, é porque estão a contribuir para o insucesso deste mesmo partido. Fez
algumas referências a crise prevalecente no PAIGC e disse não ter dúvidas que
se deve se devem a questões de disciplina partidária. Quanto à fontes de
financiamentos, lembrou que os partidos podem ser considerados aquelas empresas
que só fazem despesas e não dispõem de nenhuma fonte de receita. A forma de
fazer a política, o nível académico e factores étnico-tribais, são aspectos que
segundo ele influenciam bastante nas posições dos eleitores. Uns votam sem
saber o porquê votar; outros votam por causa de um saco de açúcar – e há ainda
quem vota, porque é do mesmo grupo étnico com o outro.
Numa conferência destinada a falar de todos os assuntos, até
porque o PRS é um partido nacional, a componente militar foi assumida por um
jurista que já foi chefe de Estado-maior do Exército. O Coronel, Sandji Faty. Constitucionalista,
Sandji Faty abordou
‘Na perspectiva e o papel das Forças Armadas’ na
implantação de uma República. Disse que qualquer país que se pretende viver na
estabilidade tem de investir para ter forças Armadas Republicanas. E o
republicanismo, conforme as suas advertências, não pode acontecer com jogos. É preciso
que hajam políticas e investimento para a concretização dessas mesmas
políticas.
Foi uma primeira parte da conferência bem concorrida com os
oradores, segundo a plateia, a corresponder com as expectativas. O período da
tarde, a política e governação deram lugar a componente social e judicial. Logo
após o almoço, Alfredo Handem, subiu a tribuna para fazer dissertação na ‘Perspectiva
da Sociedade Civil’. Uma comunicação em que colocou o dedo na ferida sublinhando
certos procedimentos negativos da Sociedade Civil.
Numa conferência com a qualidade dos oradores acima da média
nacional, Juliano Fernandes, ex-Procurador-Geral da república e actual secretário-geral
da APU-PDGB, assumiu as responsabilidades de falar “Na Perspectiva de órgãos jurisdicionais”.
O papel das instâncias judiciais guineenses e o nível de avaliação da justiça
por parte dos cidadãos.
Sendo um partido que privilegia política do género, a Drª
Filomena Tipote, ex-militante do PRS e Drª Inácia Có, da comissão das Mulheres
tiveram os seus respectivos temas. ‘Na perspectiva das futuras autarquias’, o
PRS convidou Filomena Tipote, uma das responsáveis da ONG Voz de Paz, enquanto que
‘Na Perspectiva de Género’, ficou sob as responsabilidades.
Sendo uma conferência moderada pelo historiador, Leopoldo
Gomes, a iniciativa foi elogiada por todos. No discurso de agradecimento, o
secretário-geral do PRS, Florentino Mendes Pereira prometeu que todas as ideias
deixadas serão assimiladas pelo partido, porque o que se quer é o crescimento
desta formação política. Convidou os militantes e dirigentes a materializarem
as experiências adquiridas, porque sendo o PRS um partido que espreita a governação
deve estar a altura das suas responsabilidades. “Estar a altura das nossas
responsabilidades é ter ideias. É ter projectos concretizáveis. É ser aberto a
tudo e todos”, afirmou, o Secretário-geral que fez questão de assistir a
conferência durante todo o dia.
Gabinete de Comunicação do PRS
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